quarta-feira, 15 de junho de 2011

A VIDA DE JESUS CRISTO

VISÃO GERAL
Jesus Cristo é o Messias, Salvador e fundador da igreja cristã. Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas vidas. Embora tenha vivido na terra somente 33 anos, tem exercido grande impacto nas pessoas – mesmo naqueles que não crêem que Ele é o Filho de Deus. Jesus Cristo é descrito em detalhe na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos – nos Evangelhos, cada um focando diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o esperado Rei do povo judeu. Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a destacar seu caráter compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um relacionamento amoroso com Jesus. No entanto todos concordam que Jesus é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis.

A VIDA DE JESUS
A história contada nos Evangelhos abrange estágios que vão da encarnação de Cristo, ou sua entrada no mundo, até sua morte na cruz. A apresentação total da vida de Cristo está centrada na cruz e na sua ressurreição triunfal.

A PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS
João começa o seu Evangelho com uma referência à Palavra (João 1:1), e com isso dá uma visão gloriosa de Jesus, que existia mesmo antes da criação do mundo (1:2). Jesus tomou parte no ato da criação (1:3). Entretanto, o nascimento de Jesus foi ao mesmo tempo um ato de humilhação e de iluminação. A luz brilhou, mas o mundo preferiu permanecer nas trevas (1:4-5, 10).

O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS 
Mateus e Lucas contam que Jesus Cristo foi concebido pelo Espírito Santo e nascido de Maria, que era virgem. Para ser Deus e homem, Jesus não poderia ter sido concebido naturalmente. Profetizado por Isaías e Acaz (Isaías 7:10-14), seu nascimento miraculoso não foi um fato sem importância – é o cerne da história de Jesus. O nascimento virginal é prova da Encarnação de Jesus e de que Cristo era realmente Deus.Jesus passou sua infância em Nazaré e aos 12 anos foi achado no templo conversando com os doutores da lei.

A PREGAÇÃO DE JOÃO BATISTA
João Batista andava pelo deserto conclamando o povo para o arrependimento e o batismo (Mateus 3:1-6). Falava da aproximação do reino (Mateus 3:2). Com esse mesmo tema Jesus iniciou seu ministério (4:17), o que mostra que a obra de João Batista integrava a preparação do ministério público de Jesus. O mesmo se pode dizer sobre o rito do batismo, embora João reconhecesse que Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo (3:11). João foi protagonista do primeiro ato público de Jesus – seu desejo de ser batizado (3:13-15; Lucas 3:21).

O BATISMO DE JESUS
Jesus veio ao mundo com uma missão e embora não fosse pecador, decidiu se submeter ao batismo para mostrar que estava preparado para levar a carga de pecados da humanidade. O batismo é um símbolo da morte do homem, sepultamento de seus pecados e ressurreição de uma nova criatura em Cristo. É uma visão externa da mudança interna de uma pessoa. A parte mais importante do batismo de Jesus foi a voz que desceu do céu, declarando prazer no Filho amado (Mateus 3:17). Esse pronunciamento de Deus foi o verdadeiro início do ministério de Jesus; o Pai lhe dava total aprovação para sua obra. Outro fato importante foi a manifestação do Espírito Santo sob a forma simbólica de uma pomba (3:16).

A TENTAÇÃO DE JESUS
O batismo de Jesus mostrou a natureza de sua missão. A tentação mostrou a natureza do ambiente em que exerceria seu ministério (Mateus 4:1; Lucas 4:1-2). A confrontação com forças espirituais adversas ocorreram em várias situações e a todas Jesus rebateu com as Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS
Desenvolvido num período curto de 3 anos, o ministério de Jesus foi intenso, marcado por uma convivência rica com os discípulos que escolheu (Mateus 4:18-22; Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11) e que compartilharam de momentos muito especiais em que foram testemunhas de seus milagres (João 2:1-10), curas (Mateus 8:1-9:34), sermões (Mateus 5:1-7:29), encontros inusitados com pecadores (João 2:13-16; John 4:1-42; João 3) e líderes religiosos (Mateus 21:23-22:45), encontros e visitas a amigos (João 11; Mateus 26:6), de sua perseguição (Mateus 12:1-14; Lucas 13:10-17; João 5:9-18), sofrimento (Mateus 27: 27-44) e morte (Mateus 27: 45-50).

OS DIAS FINAIS EM JERUSALÉM
Incomodados com a crescente popularidade de Jesus, os líderes religiosos procuravam achá-lo em falta. Jesus começou a preparar seus discípulos, instruindo-os sobre eventos futuros, especialmente o fim do mundo. Reafirmou-lhes a certeza de sua volta e mencionou vários sinais que a precederiam (Mateus 24-25; Marcos 13; Lucas 21). Desafiou-os a estarem vigilantes (Mateus 25:13) e diligentes (25:14-30). Com isso preparava o caminho para os eventos da prisão, julgamento, sofrimento e crucificação que se seguiram. Na noite anterior à sua prisão, porém, tomou com eles a Ceia do Senhor e lhes explicou o significado da sua morte (Mateus 26:26-30; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20; 1 Coríntios 11:23-26). Através do pão e do vinho, que simbolizavam seu corpo partido e seu sangue derramado pelos pecadores, instituiu um memorial que selava uma nova aliança.

TRAIÇÃO E PRISÃO
Naquela mesa estava também o traidor, Judas, que o entregaria aos soldados e autoridades (Mateus 26:21-25; Marcos 14:18-21; Lucas 22:21-23; João 13:21-30). Depois de cear, Jesus se retirou para o Jardim do Getsêmane (Mateus 26:36-46; Marcos 14:32-42; Lucas 22:40-46) onde orou intensamente e em agonia, mas ao mesmo tempo submetendo-se à vontade do Pai. Por isso, não ofereceu resistência quando o prenderam.

JULGAMENTO E CRUCIFICAÇÃO
Levado à presença das autoridades, Jesus foi interrogado (Mateus 27:1-2; Marcos 15:1; Lucas 23:1; João 18:28; Lucas 23:7-12) e julgado inocente por Pilatos. Mas seus inimigos escarneciam dele e incitavam a multidão pedindo sua morte. Pilatos entregou-o para ser crucificado. Foi pregado numa cruz, sofreu zombarias, açoites e humilhações, mas ainda assim expressou compaixão pelo criminoso arrependido crucificado ao seu lado (Lucas 23:39-43). Também comoveu-se por sua mãe (João 19:25-27), orou ao Pai pelo perdão daqueles que o crucificaram (Lucas 23:34) e com um grande grito, expirou (Marcos 15:37). Naquele momento houve escuridão e um terremoto, como se a natureza reconhecesse o significado daquele evento. O véu do templo de Jerusalém se partiu ao meio, não mais servindo como barreira ao lugar Santo dos Santos. A morte de Jesus abriu o caminho para todas pessoas chegarem livremente à presença de Deus e adorá-lo. Ele pagou por nossos pecados e nos trouxe de volta para o Pai.

SEPULTAMENTO, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO
O corpo de Jesus foi colocado numa tumba emprestada (Mateus 27:57-60; João 19:39) que, depois de 3 dias foi encontrada vazia (João 20:2-10). Cumprira-se a Escritura: Jesus ressuscitara. Seu aparecimento aos discípulos causou dúvida (João 20:24-29) e espanto. Jesus ressuscitou glorificado em forma humana, porém não foi reconhecido de imediato. (João 20:15-16). Seus aparecimentos foram ocasiões de alegria e ensinamentos (Lucas 24:44 e Atos 1:3). A ressurreição transformou a tragédia em vitória. Sua ascensão aos céus aconteceu 40 dias depois da ressurreição. Jesus foi juntar-se ao Pai em glória (Lucas 24:51; João 20:17; Atos 1:9-11).

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO

1ª viagem missionária: At 13-14


Equipe: Paulo, Barnabé e João Marcos (que volta antes de concluir a viagem)... 


Itinerário:
- Saem de Antioquia da Síria. Viajam de navio até Salamina, na ilha de Chipre (13,4-5).

- Atravessam a ilha e param em Pafos: conflito com um mago (13,6-12).

- Sobem até Antioquia da Pisídia: discurso, conflito (13,13-52).

- Seguem para Icônio na Licaônia: conflito com os judeus (14,1-5).

- Vão para Listra onde continuam anunciando a Boa Notícia (14,6-7).

- Cura de um homem aleijado e conflito com gentios e judeus (14,8-20).

- Chegam a Derbe e depois retornam, passam por Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, animando os discípulos a permanecerem firmes: “É preciso passar por muitas tribulações...” (14,20-23).

- Atravessam a Pisídia, chegam em Panfília, depois em Perge e Atalia (14,24-25).

- Navegam para Antioquia da Síria onde reúnem a Comunidade para partilhar e avaliar os resultados da viagem (14,26-28).



2ª viagem missionária: At 15,35-18,22

Equipe: Paulo e Barnabé se desentendem; Barnabé e João Marcos vão para Chipre e Paulo escolhe Silas como companheiro missionário (15,36-40).

Itinerário:

- Saem de Antioquia da Síria e percorrem Síria e Cilícia confirmando as Comunidades organizadas na 1ª viagem (At 15,41).

- Passam por Derbe e Listra, e levam consigo Timóteo (16,1-5).

- Entram na Frígia. Não conseguem ir até a Ásia. Passam pela Galácia (16,6).

- Impedidos de ir até Bitínia, seguem para Mísia e Trôade (16,7-8).

- Um sonho leva Paulo e sua equipe até a Macedônia (At 16,9-10).

- Chegam a Filipos: a igreja se forma a partir de um grupo de mulheres
(At 16,11-15).

- Em Filipos: libertação de uma jovem advinha e escrava resulta em conflito com seus patrões: prisão e libertação da equipe missionária (At 16,16-40).

- Expulsos de Filipos, seguem para Tessalônica: conflito com os judeus (17,1-9).

- Expulsos de Tessalônica, chegam a Beréia: conflito com os judeus (17,10-13).

- Paulo se separa de Timóteo e Silas e com alguns acompanhantes vai a Atenas. Manda avisar Timóteo e Silas para encontrá-lo lá (17,14-15).

- Em Atenas, Paulo faz um discurso aos intelectuais no Areópago: conflito (17,16-34).

- De lá, viaja para Corinto, encontra-se com o casal Priscila e Áquila e permanece por lá durante 18 meses: trabalho manual e evangelização (18,1-18).

- De Corinto, embarca para Éfeso, onde decide voltar (18,19-21).
- Embarca para Cesaréia e Jerusalém e depois volta para Antioquia da Síria (18,22).



3ª viagem missionária: At 18,23-21,16

Equipe: Paulo, Timóteo e outros vão se juntando: Erasto, Sópatro, Aristarco, Segundo, Gaio...

Itinerário:

- De Antioquia da Síria percorrem a Galácia e a Frígia, confirmando as igrejas (18,23).

- Em Éfeso, três discípulos missionários: Apolo, Priscila e Áquila. Apolo é instruído pelo casal e viaja para Acaia (At 18,24-28).

- Paulo chega a Éfeso, onde fica três anos: encontra os seguidores de João Batista (!9,17).

- Ensina na Sinagoga e numa escola particular (19,8-10).

- Conflito com os exorcistas judeus (19,11-20).

- Paulo decide voltar a Jerusalém, passando por Macedônia e Acaia. Envia à sua frente Timóteo e Erasto (19,21-22).

- Ainda em Éfeso: conflito com os ourives (19,23-40).

- Expulso de lá, segue para Macedônia e anima os discípulos (20,1-6).

- A equipe viaja até Trôade onde Paulo ressuscita um jovem (20,7-12).

- De Trôade dirigem-se a Mileto em dois grupos (20,13-16).

- Em Mileto: discurso de despedida dos animadores de Éfeso (20,17-38).

- A viagem segue de navio até Tiro, na Síria: visita a igreja (21,1-6).

- Continua até Ptolomaida e Cesaréia: visita as igrejas (21,7-14).

- Sobe até Jerusalém, onde é preso na praça do Templo (21-15-36).